terça-feira, 9 de agosto de 2011

Parábola: Uma Grande Estrela Em Nossa Estrada

UMA   GRANDE   ESTRELA   EM   NOSSA   ESTRADA

              Por uma longa estrada caminhavam muitas pessoas e todas deveriam transitar por ela para chegar a uma determinada estrela, de luz permanente e brilho maior que todas as outras.

              Muitos tinham ouvido falar dessa grande estrela, mas não tinham certeza da sua existência, “ninguém” a tinha visto. Outros, no entanto, apesar de não vê-la, acreditavam que ela estava em algum lugar e que, de certa forma, os protegia e dava motivação para a caminhada.

              Por essa estrada, transitavam crianças, jovens, adultos e idosos e, todos, ao longo da mesma, precisavam se revestir de alguns instrumentos para ficaram fortes e resistentes na vida e vencerem os obstáculos e dificuldades que encontrassem na sua trajetória.

              Para chegar à grande estrela era necessário estar atentos a tudo que ia surgindo na estrada, também armas poderosas, tais como: a fé, esperança e caridade, muito, muito amor mesmo transformados em gestos concretos.  Não precisava envelhecer para chegar lá, qualquer uma poderia atingi-la em qualquer idade; dependia da sua caminhada e de alguns acontecimentos que acelerassem o processo.

              Todos estavam a caminho e, de alguma forma, todos tinham fé em alguma coisa e esperavam alguma coisa também, mas estavam faltando luzes no caminho para motivar a caminhada.  Muitos se encontravam cansados, enfraquecidos; outros, duvidosos; outros, desanimados e assim por diante.

              Um dia, surgiu, nessa estrada, um homem parecido com os outros, mas, ao mesmo tempo, diferente e que sabia numa certeza absoluta da existência da grande estrela.  Percebendo ele, que muitas luzes do caminho haviam sido apagadas e destruídas, começou a falar da grande estrela e, miraculosamente, por onde ele ia passando, iam surgindo pequenas estrelas que deixavam o caminho iluminado. Eram sinais da existência da Grande Estrela e a comprovação de suas palavras.  As pequenas estrelas surgidas davam motivação para a caminhada, juntamente com a fé, que estava aumentando e a esperança que se espalhava por toda a estrada.  E afinal, quem era esse homem? Muitos se perguntavam e muitos não tinham resposta; e muitos outros o admiravam por causa das estrelinhas que surgiam em torno dele. Muitos acreditaram nele logo; outros, duvidavam; outros, pensavam que era algum louco e que estava iludindo o povo.

              Cada um que fazia ou agia, conforme o ensinamento desse homem, ia deixando ao redor ou nos lugares onde passavam, algumas estrelinhas um pouco menores que a do tal Homem, mas também com muito brilho.  E, com essas estrelinhas ao longo da estrada, ficava bem mais fácil caminhar e descobrir a grande novidade do fim de estrada, que todos tinham curiosidade de saber como era ou o que aconteceria ao chegar lá.

              Se alguém duvidasse da existência da grande estrela, ou entrasse em crise de caminhada, ou de fé, ou de esperança e descuidasse, não mantendo os olhos atentos, as suas pequenas luzes, as suas estrelinhas perdiam o brilho, mas se retomassem os cuidados de caminhada e estando pronto com os seus instrumentos necessários para o longo do caminho, o brilho de suas estrelinhas voltava novamente.

              Durante a caminhada, algumas pessoas foram arrebatadas, por algum raio da Grande Estrela, ainda no início da estrada; outras, no decorrer da caminhada; algumas até recém-nascidas. Era um mistério! “Onde foram parar essas pessoas e por que exatamente essas e não outras?”. Na verdade, todas iam parar diante da Grande Estrela. 

              Os raios da Grande Estrela circulavam toda a estrada de maneira invisível e muitos não conseguiam captar esses raios.  Algumas pessoas, de vez em quando, conseguiam captar esses raios e, de alguma forma, envolvidas por esses raios, tornavam-se cada vez melhores como seres humanos e o seu caminho ia ficando mais bonito e surgindo novas estrelinhas.

              Continuando a trajetória, cada um, ao chegar ao fim da estrada, deparava-se com a Grande Estrela e todas as suas estrelinhas se uniam a ela e ficava tão extasiado com o brilho dessa luz, que se transformava totalmente a tal ponto que esquecia os sofrimentos e dificuldades que passou ao longo da estrada; e passava a habitar no mundo da LUZ, que é composto por três Grandes Estrelas que se unem e formam uma única e enorme Estrela, integrando, também em si, todas as outras estrelinhas, as que lá já estavam e todas as outras que iam chegando. E, nesse momento, todos que iam chegando, davam-se conta que aquele homem que encontraram na estrada, e que lhes havia falado da existência da Grande Estrela, era também uma das três grandes estrelas, que Ele era a porta para a entrada desse Reino; que era a estrela reveladora e, que por isso, nasciam tantas estrelinhas ao seu redor e que cada gesto de amor e cada boa ação se transformavam em estrelinhas e que a estrada era a vida de cada um e esta poderia se apresentar de forma longa ou curta. Não importava; bastava, apenas, unir a própria vontade com a vontade da Grande Estrela.

              Para os que já chegaram ao final da estrada, tudo já foi esclarecido, já não restam dúvidas. Por isso, também nós, que ainda não chegamos lá, caminhemos pela estrada (nossa vida), fazendo com que surjam, sempre mais, muitas e muitas estrelinhas que iluminem nossa estrada!



Autoria: Ir. Elenilza – SMI 
Em março de 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário